Ação Feminismo Nerd: O Movimento que Reescreveu o 8 de Março

Ação Feminismo Nerd

A acao feminismo nerd marcou um momento único dentro da cultura pop brasileira. Em março de 2017, quando vários portais feministas nerds se uniram para celebrar e refletir sobre o Dia Internacional das Mulheres, algo ficou muito claro: quando vozes diversas se encontram por um propósito em comum, o resultado vai muito além de visibilidade. O que nasceu ali foi um legado de união, crítica e criatividade.

O que torna essa iniciativa tão especial é que, mesmo anos depois, ainda encontramos ecos dela em debates sobre representatividade, empoderamento feminino e espaço das mulheres no universo nerd. E talvez por isso ainda faça sentido revisitarmos o que a ação nos deixou.

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O que foi a Ação Feminismo Nerd

A Ação Feminismo Nerd aconteceu entre os dias 1º e 8 de março de 2017. Durante essa semana, diversos sites e coletivos feministas ligados ao universo nerd produziram análises, entrevistas, resenhas e críticas que conectavam cultura pop e feminismo.

Entre os participantes estavam portais como Collant Sem Decote, Delirium Nerd, Ideias em Roxo, Momentum Saga, Nó de Oito, Preta, Nerd & Burning Hell, Prosa Livre, Psicologia & Cultura Pop, Valkirias e Séries Por Elas. Foi uma verdadeira força-tarefa que mostrou como a diversidade de olhares pode enriquecer qualquer debate.

Como surgiu a ideia no Dia Internacional das Mulheres

O ponto de partida foi simples, mas poderoso: transformar o Dia Internacional das Mulheres em um espaço de diálogo sobre o papel feminino dentro e fora da cultura nerd. Em vez de apenas publicar textos isolados, esses coletivos se uniram em torno de uma causa maior — dar visibilidade a discussões que precisavam de mais espaço.


Feminismo Nerd e Cultura Pop em Diálogo

A beleza da Ação Feminismo Nerd esteve na forma como personagens e histórias da cultura pop foram reinterpretados sob uma lente feminista. Isso não só aproximou o público nerd da militância, como também mostrou que entretenimento pode, sim, ser político.

Exemplos de conteúdos marcantes

  • Capitã Janeway foi lembrada como símbolo de liderança e resiliência feminina em Star Trek.
  • Ellie Arroway, de Contato, virou exemplo das barreiras impostas pelo machismo.
  • Mary Shelley foi resgatada como pioneira literária que enfrentou preconceitos em Frankenstein.
  • Games como Horizon: Zero Dawn foram analisados pela forma como colocam mulheres como protagonistas de mundos inteiros.

Esses conteúdos provaram que o feminismo nerd é, acima de tudo, um exercício de olhar para o que consumimos e entender como isso molda nossas percepções de gênero.


Lições que a Ação Feminismo Nerd Deixou

Um dos aprendizados mais importantes é que parcerias sólidas precisam de alinhamento de valores. Muitas blogueiras, na época, buscavam parcerias apenas para ganhar audiência. Mas o que fez a ação acontecer pela segunda vez foi algo maior: a consciência de que havia uma causa em comum.

Ações feministas no universo nerd como resistência cultural

No fundo, a mensagem era clara: quando mulheres nerds se juntam, não estão apenas criando conteúdo; estão ocupando espaço em um território historicamente dominado por homens. É resistência, é afirmação e é também construção de comunidade.


Por que Ainda Precisamos da Ação Feminismo Nerd Hoje

Olhando de 2017 até agora, é verdade que houve avanços. Mais protagonistas femininas surgiram em filmes, séries e games. O debate sobre representatividade ganhou espaço. Mas ainda enfrentamos barreiras: personagens reduzidas a estereótipos, ataques a criadoras de conteúdo e desigualdade na indústria cultural.

Cultura pop como terreno de disputa e afirmação

É por isso que a acao feminismo nerd segue atual. A cultura pop não é neutra: ela pode reforçar preconceitos ou abrir caminho para transformações. O feminismo nerd nos lembra que precisamos questionar narrativas, apoiar vozes diversas e valorizar produções que ampliem o olhar sobre as mulheres.


Conclusão

A Ação Feminismo Nerd não foi só uma campanha de 2017; foi um marco simbólico que mostrou como unir forças pode mudar a forma como discutimos gênero, cultura e poder.

No fim, o recado permanece atual: celebrar o Dia Internacional das Mulheres é também reconhecer que, dentro do universo nerd, há espaço para vozes femininas fortes, críticas e criativas. Revisitar essa ação é lembrar que cada passo coletivo nos aproxima de um futuro mais justo.

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Flávia Neves

Editora – Psicóloga de formação, apaixonada por cultura pop, tecnologia e desenvolvimento pessoal. Criadora de conteúdo digital desde 2016.

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